quinta-feira, setembro 30, 2010

Educação Infantil: construindo o presente - Mieib

http://migre.me/1rkG4

quarta-feira, setembro 29, 2010

O PROINFANTIL: Ontem, hoje e amanhã

Roseana Pereira Mendes* Vitória Líbia Barreto de Faria* *Roseana Pereira Mendes é técnica da Coordenação Geral de Educação Infantil (COEDI/MEC). Vitória Líbia Barreto de Faria é Consultora Editorial da Revista Criança. Ambas foram responsáveis pela coordenação pedagógica do projeto editorial do PROINFANTIL e por sua implementação.

O PROINFANTIL Ontem: a concepção A formação dos professores que atuam em creches e pré escolas é uma preocupação antiga daqueles que fazem a Educação Infantil acontecer em nosso país. Nas últimas décadas, as lutas sociais aliadas aos estudos científicos sobre a criança provocaram avanços significativos na legislação. A Constituição Federal de 1988 insere a Educação Infantil no capítulo da Educação e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 1996, ao incluí-la como primeira etapa da Educação Básica, determina que o profissional que nela atua é o professor, com formação mínima em nível médio, modalidade Normal. Em seguida, o Plano Nacional de Educação – PNE 2001 - estabeleceu prazos para que essa formação se efetive. A partir de então, várias iniciativas vêm sendo tomadas em diferentes regiões brasileiras. Entretanto, são ainda pontuais, atendendo a um número restrito de professores. Os dados do Censo Escolar 2004 demonstram a existência de aproximadamente 40 mil professores em exercício sem a devida formação. Tal fato justifica a ação do MEC de elaborar, em regime de colaboração com estados e municípios, um Programa para formar os professores de Educação Infantil – o PROINFANTIL.

Dessa forma, todos os que atuam na docência , nas redes pública ou privada sem fins lucrativos, e que muitas vezes são chamados de monitores, pajens, recreadores ou babás são o público alvo deste Programa. Neste contexto, o Departamento de Políticas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) iniciou as discussões para a elaboração do PROINFANTIL. Constituiu-se na Coordenação Geral de Educação Infantil (Coedi) um grupo de trabalho que buscou conhecer as várias experiências em andamento no país. Assim, o grupo se aproximou da proposta de formação desenvolvida pela Secretaria de Educação a Distância do próprio MEC para formar os professores do ensino fundamental – o PROFORMAÇÃO, que já havia sido objeto de uma avaliação externa que o referendou como um programa de qualidade. Entretanto, em função das diferenças existentes entre professores do ensino funda mental e daqueles que atuam em creches e pré-escolas. Era preciso reelaborar o material utilizado. Foi necessário, então, definir o perfil e os domínios do professor de Educação Infantil, que se pretende formar, bem como traçar um desenho curricular do Programa.( * O Proinfantil forma professores para a Educação Infantil). Esta discussão conduziu à construção dos eixos temáticos em relação às áreas pedagógicas: o desenvolvimento infantil; ciência e cultura no mundo contemporâneo; o professor: ser humano e profissional e a ética. Como a estrutura do curso prevê a sua realização em módulos, o grupo definiu a ênfase a ser dada em cada um deles em relação aos conteúdos pe dagógicos: • Educação, sociedade e cidadania: perspectivas históricas, sociológicas e políticas da Educação Infantil; • Infância e cultura: linguagem e desenvolvimento humano; Crianças, adultos e a gestão da Educação Infantil; • Contextos de aprendizagem e o trabalho docente. Ao discutir as visões que aos poucos foram constituindo o nosso Programa, tornou se fundamental repensar as concepções e instrumentos de avaliação, que, mesmo considerando as especificidades de um curso a distância, contribuíssem para a formação de um professor reflexivo. Foi também neste momento que percebemos a necessidade de um profissional qualificado nas Agências Formadoras implantadas nos estados, com experiência na Educação Infantil. Este devia atuar como articulador, garantindo que as ações desenvolvidas resul tassem na formação de um profissional qualificado. Da mesma forma, vimos também como fundamental um grande investimento na seleção e formação do tutor, vez que é ele quem acompanha o professor cursista em seu cotidiano de estudo e quem observa e intervém em sua prática.

Tornou-se necessária, então, a produção de um material específico para a formação pedagógica: Fundamentos da Educação e Organização do Trabalho Pedagógico. Quanto às áreas temáticas referentes ao Ensino Médio, Linguagens e Códigos; Identidade, Sociedade e Cultura; Matemática e Lógica e Vida e Natureza, definimos que passariam por algumas adequações, prevendo-se, na continuidade do Programa, a produção de um novo material. Por esta razão, os textos de estudo foram organizados em volumes distintos, de forma a agrupar as áreas do Ensino Médio e as áreas Pedagógicas. Além disso, foram elaborados materiais de apoio, para orientar os tutores e o estudo dos professores cursistas.

O PROINFANTIL hoje: a implementação Por se tratar de um curso de formação em nível médio, a implementação do Programa se dá a partir de negociações com as secretarias estaduais de educação, que se articulam com os municípios. No segundo semestre de 2005, iniciou-se o Projeto Piloto do qual participam os estados de Goiás, Ceará, Sergipe e Rondônia. Para 2006, as negociações estão em curso, visando a ampliação para outros estados. A participação da equipe da Coedi nos momentos de formação em diversos municípios possibilitou o contato com os profissionais das agências formadoras, com os tutores e com os professores cursistas na fase presencial. Isto ampliou o nosso conhecimento sobre a realidade, estimulando a percepção sobre o alcance do Programa. O acompanhamento do Módulo I tem demonstrado seu impacto frente a esta realidade. Os depoimentos das equipes formadoras estaduais traduzem avanços significativos na prática dos professores e no contexto institucional onde atuam. relato No que se refere ao universo observado, a despeito das dificuldades apontadas em muitos municípios, percebemos que tem havido um esforço no sentido de colocar a Educação Infantil na ordem do dia. Estes esforços ora se dão pela vontade política dos gestores, ora por pressão da sociedade ou ainda por força da Lei. Contudo, mesmo considerando os avanços realizados, constatamos que ainda há um longo caminho a ser trilhado em relação ao atendimento aos direitos da criança, visto que inúmeras dificuldades ainda persistem, principalmente, no que se refere a infra-estrutura; ao regime de atendimento; a razão professor/criança; a organização interna das instituições; a relação com as famílias; a intencionalidade educativa e a gestão. Outro aspecto constatado foi o entusiasmo manifestado pelos cursistas com a possibilidade de voltarem a estudar e com a perspectiva de serem habilitados como professores. O desenvolvimento do PROINFANTIL tem se constituído em uma prática transformadora. Traz em seu bojo a possibilidade da Educação Infantil construir uma identidade própria à medida que produz qualificação para toda a estrutura. A formação dos professores provoca, sobretudo, mudanças nas concepções das instituições de Educação Infantil e dos sistemas de ensino. E tem possibilitado também o aparecimento de demandas por formação inicial para outros profissionais, tais como coordenadores e diretores de creches. Inclusive professores já habilitados querem utilizar o material do PROINFANTIL, na continuação de seus estudos . A observação do trabalho do professor e a subseqüente e discussão sobre a prática com o tutor têm contribuído para que o coletivo da instituição demande momentos de planejamento e avaliação para os demais profes ores. Da mesma forma, os profissionais, ao verem sua prática reconhecida e ao refletirem sobre ela, constroem sua identidade como professores. Neste sentido, a concepção e os instrumentos de aprendizagem e de avaliação mostram-se efetivos neste processo. O fato de a leitura e a escrita permearem todos os momentos de observação e re fl exão faz com que os profes sores percebam o seu próprio processo formativo, avaliando os conteúdos desenvolvidos e se auto-avaliando. O PROINFANTIL amanhã: os desafios As conquistas e as dificuldades até aqui enfrentadas, tanto pelas equipes estaduais das Agências Formadoras, pelos tutores, pelos professores cursistas, quanto pela equipe da Coordenação Nacional do PROINFANTIL, trazem novos desafios e questionamentos. O mais importante diz respeito ao enraizamento do Programa como um elemento transformador da realidade da Educação Infantil nos municípios. O grande desafio do PROINFANTIL é tornar-se o indutor de grandes transformações na Educação Infantil, principalmente nas concepções e nas práticas desenvolvidas em creches e pré-escolas. Sempre tendo no horizonte a criança como sujeito pleno de direitos.

portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/revcrian_41.pdf

segunda-feira, setembro 27, 2010

E-mail enviado ao vereador Paulo Messina

Prezado Vereador Paulo Messina,

Gostaria que conhecesse o Blog http://professoresleigos.blogspot.com/ é uma pequena mostra da luta que os Agentes Auxiliares de Creche travam com a PCRJ pelo nosso reconhecimento como professores que somos (segundo o MEC) e enquadramento no quadro do magistério.

Hoje está previsto o concurso para Professor de Educação Infantil. Fruto das denúncias feitas ao MPE pelos "meros auxiliares de creche", apenas porque a PCRJ não quer reconhecer nosso direito de ser este professor.

O prezado vereador sabe desde quando as creches públicas municipais pertencem a SME? O senhor sabe que desde essa época são as Recreadoras e agora também os AACs que cuidam e educam essas crianças?

O senhor sabe que na Educação Infantil cuidar e educar são indissociáveis? Dá para perceber por quê?

Li no seu blog (postagem de maio 2010) que: “Desde o início de meu trabalho na vida pública, no ano passado, quis concentrar esforços na área de educação. Contratei os melhores técnicos que pude encontrar, e venho focando boa parte do nosso tempo no tema. Tem sido uma jornada gratificante acompanhar os dados macros da área e com prazer perceber o avanço das crianças depois de tanto tempo de abandono na educação do município.

Contudo, faltava alguma coisa. O corpo deste trabalho na educação estava ótimo, mas muito tecnocrata, quase que como sem alma. É preciso equilibrar os dois lados; e encontramos hoje.”

Faltava uma alma http://www.messina.com.br/blog/

Se a Educação do RJ encontrou essa alma, posso afirmar que a Educação Infantil não foi visitada ou contemplada com sua presença. Nós vivemos uma aparente reestrutura na Educação Infantil em nosso município, pois de fato, qual foi a grande mudança sofrida neste contexto?

Concordo que tecnocratas não possuem alma...então podemos dizer que na Educação Infantil os investimentos são feitos a priori nestes tecnocratas para depois chegar às crianças?

Vereador, por que quando se fala em Educação, a Educação infantil não é mencionada? Por que só as escolas são referência de Educação? O senhor sabe que a creche faz parte da Educação Básica? Neste segmento a criança se constitui um cidadão de direitos? Desde o momento em que nasce, toda criança se torna cidadã. E por isso, criança também tem direitos. Não é porque são pessoas pequenas que as crianças são menos importantes. Pelo contrário: elas devem receber atenção especial, pois a infância é a fase mais importante da vida”. http://www.canalkids.com.br/cidadania/direitos/crianca.htm

Aguardando uma alma nas creches públicas da PCRJ.

Eliane Cunha

sábado, setembro 25, 2010

ABRAM OS OLHOS!!!!!!!!!!!

AACs abram os olhos...deixem de serem enganados pela PCRJ!
A matéria abaixo é atual e aconteceu em nosso país. Vejam só:


Comissão discute mudança de nomenclatura das monitoras de creches
21.09.2010 às 17:15h
O prefeito Edson Renato Dias (Piriquito) recebeu na tarde desta terça-feira, 21, a comissão mista que propõe a mudança de nomenclatura das monitoras dos Núcleos de Educação Infantil de Balneário Camboriú. O prefeito recebeu um estudo que auxiliará na formulação do projeto de lei que será enviado à Câmara de Vereadores e deve encaixar as monitoras no plano de carreira do Magistério.

As profissionais propõem a mudança da nomenclatura de Monitor para Professor Auxiliar, o que as enquadraria na categoria de profissionais do Magistério, lhes dando direito ao plano de carreira, que elas não possuem hoje. “O meu desejo é mudar esta nomenclatura para dar a devida valorização a estas profissionais e para que elas tenham perspectivas de crescimento numa carreira tão importante para a educação da nossa cidade”, afirmou o prefeito.

Piriquito disse ainda, que estes estudos preliminares são fundamentais para que construa um projeto de lei conciso e completo que tenha aprovação imediata dos vereadores para que o problema seja solucionado com o máximo de agilidade. O prefeito já solicitou para o setor administrativo da prefeitura uma folha teste com a simulação das monitoras já como professoras auxiliares. “Com esta folha teste saberemos qual o impacto financeiro que esta mudança trará para a administração municipal e como esta diferença será paga. Assim, o projeto ficará mais completo e certamente receberá o apoio dos vereadores”, disse o prefeito.

A comissão mista que avalia o processo de mudança de nomenclatura é composta pelo procurador Valdir Loli (representante do Poder Judiciário), vereador José Carlos Anibal (Legislativo), prefeito Edson Piriquito (Executivo), Marisa Crispilho (Sindicato dos Servidores Municipais de Balneário Camboriú – SISEMBC) e monitoras. A próxima reunião do grupo deve ser realizada dentro de 30 dias.

Prefeitura de Balneário Camboriú
Assessoria de Imprensa
Texto e fotos: Fabricia Prado – jornalista – SC 03103 JP
Fotos: Lucas Correia
Fone: (47) 3267-7022
www.balneariocamboriu.sc.gov.br

E dizer que no Rio de Janeiro tem AAC querendo concurso para Professor de Educação Infantil...Acorda gente...esse cargo é nosso por direito!!!

sexta-feira, setembro 24, 2010

Campinas em luta!

Publicado quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Monitores e agentes de educação infantil lotam Plenário da Câmara Municipal.


Um rico debate tratou da carreira e da qualidade da Educação infantil na Rede Municipal de Campinas.


A luta intensa pela valorização da carreira do monitor e do agente de educação infantil como professor PEB I já tem uma extensa trajetória e é trabalhada com qualidade pela Diretoria do Sindicato.


Nos últimos meses, o Sindicato e as servidoras trabalharam a questão junto à Câmara Municipal de Campinas. A visita em gabinetes, a apresentação dos documentos aos vereadores e uma forte organização e mobilização junto à base resultaram no primeiro debate público no plenário da Câmara. O evento, um sucesso. As trabalhadoras lotaram o recinto a fim de participar ativamente da discussão, rumo a uma solução.

Na mesa estavam presentes: o coordenador do STMC Marionaldo Maciel, a Dra. Eliana Ferreira, que presta assessoria jurídica no caso, a mediadora do debate, diretora do STMC, Mariza de Jesus, além dos vereadores Ângelo Barreto, Professor Alberto, Petterson Prado, Sebá Torres e Francisco Paixão.


No entanto, da parte da Prefeitura Municipal de Campinas: ninguém compareceu! O sindicato não só lamenta, mas critica duramente a ausência dos secretários municipais convidados senhor Luiz Verano Pontes (Recursos Humanos) e o senhor José Tadeu Jorge (Educação), uma vez que são os representantes oficiais da Prefeitura de Campinas e responsáveis pelas pastas em questão. As atitudes e respostas da secretarias na questão vêm demonstrando o quanto é rasa a compreensão das autoridades diante de uma reivindicação justa, séria e embasada pela lei.


“A preciosidade deste debate hoje foi colocada não só para a categoria, mas para sociedade em geral. A discussão foi rica transbordando para questões como as conseqüências nocivas da terceirização e privatização na educação”, disse Marionaldo, que fez uma apresentação do histórico da luta e pontos da legislação que favorecem a implantação do cargo reivindicado pelas monitoras e agentes de educação infantil.
Muitos profissionais pegaram o microfone e se manifestaram comprovando que estão mobilizados e muito claros deste direito. Além de não reconhecer a importância do papel de educador das monitoras e agentes de educação infantil, a administração do Prefeito Hélio pratica intensamente a terceirização através das Naves-Mães, o que notoriamente prejudica a qualidade do serviço prestado no município estabelecendo assim um atendimento problemático às crianças de zero a seis anos.
“Cobramos dos senhores [vereadores] a responsabilidade de convidar o secretário de educação a esta casa, além de uma audiência pública para discutir a questão e sabermos o quê de fato a secretaria pensa das monitoras e agentes de educação de Campinas!”, reforçou em sua fala a diretora do STMC, Rosana Medina.

Os vereadores se comprometeram publicamente com a luta, afirmando que vão ajudar a construir as propostas colocadas, além de compor uma comissão mista para dar encaminhamentos do tema.


Além de tudo isso que foi colocado, o mais importante para os trabalhadores avancem é muita mobilização e organização que devem ser feitas, em direção à valorização da carreira dos monitores e agentes de educação infantil.

Agora é a hora de mudar a cara da Educação Infantil. Valorizando o profissional teremos Educação de qualidade!

Contribuição de Celeste Sampaio