sábado, novembro 27, 2010

Jornada Pedagógica da Educação Infantil

Durante o período de 13 a 17 de dezembro de 2010, de 8h às 12h e de 13h às 17h, ocorrerá a 1ª Jornada Pedagógica para Profissionais da Educação Infantil. Esse evento tem como objetivo subsidiar e aprimorar as práticas das instituições que atendem a EI.
O evento consta do Calendário Escolar da Rede, publicado em D.O. do dia 14 de dezembro de 2009, e tem como público alvo os professores que atuam na Pré-escola, Professores Articuladores de Creche, Coordenadores Pedagógicos e Diretores de Unidades Escolares com este segmento de ensino.
Como o período letivo para as crianças da Pré-escola termina em 10 de dezembro, a presença dos professores que em 2010 atuaram com esse segmento, torna-se obrigatória em pelo menos um dia do evento.
De acordo com o Calendário Escolar de Creche, durante a Jornada Pedagógica, o atendimento às crianças de Berçário e Maternal deverá ser normal. No entanto, a participação dos Agentes Auxiliares de Creche será possível, desde que a Direção crie estratégias para viabilizá-la. Por esse motivo, tais inscrições só serão aceitas, acompanhadas de memorando assinado pela Direção da Creche, indicando o participante e enviado para a Gerência de Educação Infantil.
A Jornada Pedagógica está estruturada no modelo Ensino Presencial Mediado, que consiste na transmissão via satélite da programação onde os participantes interagem com os palestrantes.
Nos dias 13, 14, 15 e 16/12 serão três pólos na cidade, assim distribuídos:
Pólo I Centro – 1ª, 2ª, 3ª e 4ª CRE
Pólo II Madureira – 5,ª 6ª, e 7ª CRE
Pólo III Campo Grande – 8ª 9ª, e 10ª CRE:
No dia 17/12 o encerramento da Jornada Pedagógica acontecerá na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (EMERJ) – Auditório Antônio Carlos Amorim, localizada na Av. Erasmo Braga, 115/4° andar – Centro, nos dois turnos: manhã e tarde.
A programação do evento prevê a apresentação das Experiências Bem Sucedidas em Educação Infantil selecionadas, na modalidade Pôster (distribuídos pelos pólos) e em uma nova modalidade: Vídeo.
A cada dia haverá a presença de um palestrante que dinamizará temas específicos articulados com as experiências bem sucedidas selecionadas.
Segue a programação:
13/12 - Muito prazer! Sou professor de Educação infantil
Palestrante: EMÍLIA CIPRIANO
Trabalhos:
1. Gente pequena pensando grande - Prof. Valéria de Fátima Laudano Sampaio da Escola Municipal 01.02.003 Campos Salles
2. No céu, na terra, no mar, animais em todo lugar - Prof. Magda de Oliveira Martins do EDI 08.17.053 Vila do Vintém
14/12 - Novos Paradigmas da Educação Infantil e Educação Infantil no Mundo Contemporâneo
Palestrante: ELIANA BHERING
Trabalhos:
1. As cores do mundo - Prof. Marisa Mesquita Lacerda da Creche Municipal 07.16.613 Maria da Conceição Silveira de Carvalho
2. Viver é contar e vivenciar histórias (Aline Bia) - Profs Haila Maria Hyer de Lima Rangel e Lilian Rose Barreto dos Reis da Escola Municipal 05.15.017 Maria das Dores Negrão
15/12 - Relações Étnico Raciais na Educação Infantil
Palestrante MAIRCE ARAUJO
Trabalhos:
1. Cirandolando pelo folclore e cultura popular brasileira - Agente Auxiliar de Creche Glaucia Luciana Drumond Bispo da Creche Municipal 06.25.608 Major José Celestino Rodrigues dos Santos
2. Quem disse que eu não sei ler? da Prof. Isabela Carvalho Costa da Escola Municipal 09.18.090 Joari
16/12 - Essencialmente Criança - Inclusão na Educação Infantil
Palestrante MÔNICA PEREIRA DOS SANTOS
Trabalhos:
1. Somos o que comemos da Prof. Fernanda Conde Collares Xavier da Escola Municipal Especial 04.20.023 Rotary Club
2. África mapa do mundo das Profs: Márcia Cristina da Silva Victor Gonçalves e Adriana Teixeira da Silva Crivelari da Escola Municipal Especial 10.19.029 Hélio Pellegrino.
17/12 - Desenvolvimento da Aprendizagem
Palestrante: FÁBIO BARBIRATO
Trabalhos:
1. Contos Favoritos das Professoras Roberta Manceira Flores e Elizabeth Rodrigues Cardadeiro do EDI 02.06.009 Rubem Braga
2. Narrativas de imagens na arte de fotografar da Prof.ª Regina Maria Neiva Mesquita da Escola Municipal 03.12.038 Del Castilho
10. As inscrições serão realizadas via internet, no site www.rio.rj.gov.br/sme. Através deste link, poderão se inscrever Professores Regentes de Pré-escola, Professores de Sala de Leitura e Educação Física que atuam na Pré-escola, Professores articuladores de creches, Coordenadores Pedagógicos e Diretores. Aguardem informações sobre o período de inscrição.
11. Acompanhem mais notícias também via twitter:
www.twitter.com/JornadaPedEI.

Copiado da matéria original em: http://www.rioeduca.net/programasAcoes.php?id=48

domingo, novembro 14, 2010

Vereador Paulo Messina comprometido com os AACs

Acho que encontramos "UMA ALMA"!!!

O Vereador Paulo Messina propõe à SME alterar a lei que deu origem ao concurso de AAC, no anexo I onde se estabelece o turno de 40 horas, para 30 horas.

Leiam a matéria completa:

Sobre a Lei para AACs: Compatibilização de Horários de Profissionais de Creche:

http://blog.messina.com.br/2010/11/10/compatibilizacao-de-horarios-de-profissionais-de-creche/

sábado, novembro 13, 2010

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DAS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL:entre o feminino e o profissional

Entendendo o processo de construção da identidade profissional na Educação Infantil


CERISARA, Ana Beatriz
FED, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
abril, 2008
Texto Completo (portal externo)

Resumo

RESUMO:

A proposta deste trabalho foi a de identificar aspectos que pudessem contribuir para elucidar o processo de construção da identidade das profissionais de educação infantil, a partir de dados empíricos obtidos junto às auxiliares de sala e professoras que trabalham nas Creches da RMEF. A análise realizada permitiu, também, propor uma nova identidade para essas profissionais, condizente com as peculiaridades das instituições de educação infantil em sua situação contemporânea.
As profissionais destas instituições foram pensadas a partir da forma como estas profissões têm se constituído historicamente: são profissões que se construíram no feminino e que trazem consigo as marcas do processo de socialização que, em nossa sociedade, é orientado por modelos de papéis sexuais dicotomizados e diferenciados, em que a socialização feminina tem como eixos fundamentais o trabalho doméstico e a maternagem.
A dinâmica das relações entre as profissionais de creche foi analisada a partir da presença ou não de conflitos e de relações hierárquicas entre as profissionais de creche, buscando compreender as modalidades de poder reservadas ao gênero feminino em nossa sociedade e apreender alguns dos aspectos formais determinantes destas relações (salário, carga horária, divisão de tarefas).
Considerando que o gênero é constitutivo das relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos e um primeiro modo de dar significado às relações de poder, a tentativa foi de romper com a tendência que se consolidou nos últimos anos, a de considerar todo trabalho profissional feminino, que guarda as características do trabalho doméstico, como negativo em si. O objetivo foi compreender como se dá a contaminação das práticas femininas domésticas com a prática profissional das mulheres que trabalham em creches e pré-escolas. O esforço foi no sentido de refletir a respeito da positividade destas formas femininas de relacionamento e de organização do trabalho das profissionais, em especial para o trabalho que devem realizar com crianças de 0 a 6 anos.
A profissional de educação infantil deve ser entendida como uma nova atriz social que ao trazer para a esfera pública e coletiva a referência à maternidade e ao universo doméstico, re-significa o papel tanto da mãe quanto da professora em direção à construção.

Another brick in the wall (Legendas: Português e Inglês)

sábado, novembro 06, 2010

Curso online Alfabetização e Letramento - 80h

Inscrições abertas! Início dia 12 de novembro.

Assista o ví­deo de apresentação do curso:

http://www.youtube.com/watch?v=um6TNGjPT2A

Justificativa:

Diferenciar alfabetização e letramento, tendo em vista a relevância que o termo tende ganhar no cenário atual, onde a sociedade se apresenta cada vez mais centrada na escrita. Expondo e investigando o sentido das palavras: Quais seus significados, suas utilidades, como usar estes conceitos na prática?

O curso visa discutir o fenômeno do letramento, diferenciando-o do processo de alfabetização que muitos ainda insistem em realizar, bem como fazer com que os profissionais da área educacional reflitam sobre sua prática pedagógica, atualizando-se em termos de novas teorias.

Objetivos: Capacitar os profissionais de educação para que alfabetizem letrando, ou seja, não apenas ensinando os alunos a decifrarem sinais e letras, mas levando-os a apropriarem-se da linguagem como um todo, por meio de práticas sociais de leitura e escrita que circulam em nossa sociedade.

Conteúdo programático (Dividido em 8 módulos):

  • A escola é chata? A escola serve pra quê?
  • Necessidade das escolas repensarem o seu papel social.
  • A criança e a construção de seu conhecimento em relação aquisição da leitura e da escrita.
  • Ser alfabetizado ou ser letrado.
  • Ampliando a compreensão sobre a construção do conhecimento da leitura e da escrita.
  • Conhecer como se aprende para saber como ensinar.
  • O que é ser professor?
  • O que é letramento?
  • Surgimento do termo Letramento
  • Mitos sobre o Letramento
  • Significado atual do termo letramento
  • O que é alfabetização? O que é alfabetizar? O que pensam os teóricos e alfabetizadores.
  • Alfabetização no contexto: histórico, político, cultural e econômico.
  • Formação do leitor.
  • O que é alfabetizar letrando?
  • Como alfabetizar letrando?
  • Alfabetização e Letramento caminhando juntos.
  • Sugestões de atividades práticas para alfabetizar letrando.
  • O compromisso com o êxito dos alunos.
  • Projetos pedagógicos e letramento.

Autoria e tutoria: Profª Patrícia Lopes da Fonte ( Paty Fonte) - Educadora carioca especializada em pedagogia de projetos. Idealizadora e diretora do site Projetos Pedagógicos Dinâmicos. Defende uma educação inovadora, prazerosa e de qualidade baseada na construção do conhecimento. Ministra cursos diversos de capacitação (educação continuada) a professores em serviço, coach, palestrante. Autora de inúmeros artigos e mais de 100 temas de projetos pedagógicos. Acredita que educação gira em torno de estar entusiasmado com algo, e que paixão é fundamental no processo ensino-aprendizagem.

Nosso curso é indicado para: Pedagogos, Psicopedagogos, Professores, Educadores, Coordenadores Pedagógicos, Diretores de Escolas, Estudantes de Pedagogia, Letras e Licenciaturas , Estagiários na área de Educação e demais interessados no tema.

Carga horária: A carga horária estimada para esse curso e de 80 horas/aula (aproximadamente 8 semanas), divididas entre estudos e interação online e pesquisas offline.
O horário de estudos é determinado pelo próprio aluno de acordo com sua disponibilidade.

Requisitos Necessários: Computador com acesso a internet. E necessário que o aluno saiba navegar pela internet, fazer download de arquivos e enviar e-mail.
Os alunos receberão orientações e manuais para que possam navegar na plataforma virtual de aprendizagem e utilizar as ferramentas disponíveis, além de acesso constante ao suporte técnico e pedagógico.

Avaliação e Certificado:

Os cursos online estão classificados como cursos livres de atualização, aprimoramento, qualificação profissional e pessoal sob a perspectiva de Educação Continuada. Todos os cursos e oficinas com menos de 200h/a estão isentos de qualquer reconhecimento pelo MEC ou Secretarias de Educação - Base legal: Lei de Cursos Livres, nº. 9394/96 art. 67 e 87, inciso III e Parecer nº. 64/2004 - CEDF.
Os alunos que concluírem 75% das metas do curso, obterão o certificado.

Investimento e Formas de pagamento:

O investimento neste curso é de: R$ 70,00 (Setenta Reais) incluindo certificado enviado via e-mail. O pagamento é realizado através do sistema Pag Seguro, que aceita cartões de credito (os quais pode parcelar), debito automático em conta ou boleto bancário – que pode ser pago em qualquer agência ou em lotéricas.


Esse tipo de pagamento é rápido e seguro, garantido pela UOL que mantém sigilo absoluto dos dados.


Pagamentos à vista também podem ser realizados através de depósito bancário, a combinar via e-mail.

Pacotes especiais para a grupos .

quinta-feira, novembro 04, 2010

PROFESSOR(A), SIM; TIO(A), NÃO? Paulo Freire

"...A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma "inocente" armadilha ideológica em que, tentando-se dar a ilusão de adocicar a vida da professora o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício de tarefas fundamentais. Entre elas, por exemplo, a de desafiar seus alunos, desde a mais tenra e adequada idade, através de jogos, de estórias, de leituras para compreender a necessidade da coerência entre discurso e prática; um discurso sobre a defesa dos fracos, dos pobres, dos descamisados e a prática em favor dos camisados e contra os descamisados, um discurso que nega a existência das classes sociais, seus conflitos, e a prática política em favor exatamente dos poderosos.
A defesa ou a pura aceitação de que é normal aprofunda a diferença que há às vezes, entre o discurso do candidato enquanto tal e seu discurso depois de eleito. Não me parece ético viver essa contradição ou defendê-la como comportamento correto. Não é com práticas assim que ajudamos a formação de uma cidadania vigilante e indispensável ao desenvolvimento da democracia.
Finalmente a tese de Professora, sim; Tia, não, é que, enquanto tios e/ou tias e/ou professores, todos nós temos o direito ou o dever de lutar pelo direito de ser nós mesmos, de optar, de decidir, de desocultar verdades.
Professora, porém, é professora. Tia é tia. É possível ser tia sem amar os sobrinhos, sem gostar sequer de ser tia, mas não é possível ser professora sem amar os alunos - mesmo que amar, só, não baste - e sem gostar do que se faz. É mais fácil, porém, sendo professora, dizer que não gosta de ensinar, do que sendo tia, dizer que não gosta de ser tia. Reduzir a professora a tia joga um pouco com esse temor embutido - o de tia recusar ser tia.
Não é possível também ser professora sem lutar por seus direitos para que seus deveres possam ser melhor cumpridos. Mas, você que está me lendo agora, tem todo o direito de, sendo ou pretendendo ser professor(a), querer ser chamado(a) de tio(a) ou continuar a ser.
Não pode, porém, é desconhecer as implicações escondidas na manha ideológica que envolve a redução da condição de professor(a) à de tio(a)..."

terça-feira, novembro 02, 2010

Docência leiga na Amazônia é vista como descontinuidade pela pedagogia moderna

A proposta deste texto é mostrar, esclarecer, objetivar o termo professores leigos na função de Agente Auxiliar de Creche nas creches públicas do Rio de Janeiro.

Podem querer descontextualizar nossos objetivos, porém não passam de meras palavras e artifícios para resguardo de suas próprias ações.

S O M O S

P R O F E S S O R E S!!!

No Instituto de Psicologia (IP) da USP, uma pesquisa com professores amazônidas, que atuaram como leigos em escolas ribeirinhas e da floresta, revela que tornar-se professor é constituir, repetir, (re)produzir, de modo singular, uma prática discursiva institucional. "É essa própria prática que autoriza o professor, inclusive o leigo, a ocupar o lugar de quem ensina", aponta a pedagoga Cláudia Murta, autora de uma tese de doutorado sobre o tema.

Segundo a pesquisadora, a docência leiga é uma descontinuidade, uma fratura no discurso da pedagogia moderna, apesar de ter se mostrado como parte integrante desse mesmo discurso.

Os professores amazônidas envolvidos no estudo ingressaram no magistério na condição de leigos e muitos não chegaram a completar as quatro primeiras séries do ensino fundamental. Outros não possuíam sequer o nível de escolaridade no qual lecionavam. Mesmo assim, e em condições adversas, assumiam a função docente com autoridade, ministrando aulas em escolas palafitas, à beira do rio, ou em ranchos de palha, na floresta, com turmas multisseriadas.

Como alguém se torna professor à margem do sistema oficial de formação e credenciamento pedagógico, e que dispositivos autorizam e legitimam um professor leigo a ocupar o lugar de quem ensina? Na tentativa de elucidar questões como estas, a pedagoga selecionou para análise 16 redações, entre 96 produzidas por professores que participavam de um Programa de Formação de Professores. "As 16 redações escolhidas foram produzidas por professores que ingressaram no magistério tendo como nível de escolaridade o ensino fundamental incompleto", conta Cláudia, lembrando que o tema da redação era "Como me tornei professor".

O Programa foi fruto de um convênio celebrado em 1999 entre a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) do Pará, a Universidade Federal do Pará (UFPa), a Universidade Estadual do Pará (UEPa) e a Universidade da Amazônia (Unama). O Projeto objetivou formar, em nível superior, professores leigos do ensino fundamental e médio em exercício nas redes municipal e estadual de ensino, em diversos municípios no Estado do Pará, como Tucumã, Rio Maria, São Felix do Xingu e Cumaru do Norte.

Sujeito e instituição
Usando a estratégia da análise do discurso, Cláudia observou as singularidades nas redações. "Na recuperação de sua trajetória profissional, os professores estabeleciam significações com a sua história pessoal, com as figuras de professores exemplares que marcaram as suas vidas, com a instituição escolar ou com a pedagogia moderna - prática discursiva dominante a partir da qual todas essas relações se tornaram possíveis nas redações", observa.

A análise das redações procurou articular duas dimensões: o singular e o institucional. "As singularidades que se mostraram nas redações foram sendo fabricadas a partir do lugar do qual esses sujeitos estavam falando, o lugar de professor. Trata-se, portanto, de uma singularidade vinculada, de forma muito particular, ao contexto institucional".

Cláudia também analisou as regularidades discursivas nas redações. Essas foram reunidas em nove grandes temas. Entre esses, estão o percurso de escolarização narrado desde a infância, as motivações que levaram esses professores a ingressarem no magistério (dom, sina, sonho, acaso, fatalidade), a idéia de progresso e futuro, entre outros. "Pude ressaltar como os professores, em suas produções discursivas, repetem e legitimam, em suas rotinas pedagógicas, o discurso da pedagogia moderna, por efeitos de reconhecimento e desconhecimento".

Segundo a pesquisadora, "a docência leiga subverte um princípio fundamental da pedagogia moderna, segundo o qual os saberes socialmente válidos são aqueles transmitidos pelos sistemas escolares, por professores que passaram por um rigoroso processo de formação escolar para assumir profissionalmente a tarefa educativa e ocupar o lugar de quem sabe". Entretanto, ela concluiu que, mesmo entendida como uma descontinuidade, a docência leiga é um acontecimento que se dá dentro da rede discursiva da pedagogia moderna, faz parte dela, já que é um dispositivo instaurado para dar conta das demandas da Modernidade, que exige a universalização da educação.

Segundo a pesquisadora, "a docência leiga subverte um princípio fundamental da pedagogia moderna, segundo o qual os saberes socialmente válidos são aqueles transmitidos pelos sistemas escolares, por professores que passaram por um rigoroso processo de formação escolar para assumir profissionalmente a tarefa educativa e ocupar o lugar de quem sabe"

segunda-feira, novembro 01, 2010

RESPOSTA AO VEREADOR PAULO MESSINA


Prezado Vereador,
Sinto-me agradecida pelo seu convite de tratamos o assunto dos AACs em seu gabinete, mas serão poucas pessoas a participar e não poderemos dar visibilidade ao coletivo e julgo ser esta a parte mais importante de nosso debate: esclarecimento aos AACs.
Então farei algumas pontuações que acho pertinentes:
  • Em 1º lugar jamais tentei desqualificar suas palavras ou sua luta em prol dos AACs, apenas não vislumbro o conteúdo desta luta,
  • Falar sobre Educação Infantil é fácil. Tem sido o assunto do momento, principalmente no que se refere às creches, tais como: Ampliação de vagas, construção e transformações de novos espaços, EDIs, PIC, AAC, PEI e etc,
  • Tive o primeiro contato com o senhor no twitter através da AAC Sheila. Acompanhei as postagens da AAC e pude perceber que mantinha um diálogo a cerca das necessidades dos AACs com o vereador e passei a segui-lo,
  • Infelizmente nas postagens de hoje, percebi uma postura defensiva em suas palavras, principalmente em relação as minhas perguntas ou afirmações,
  • Devo confessar que faltou certa cordialidade de sua parte ao tratar do assunto com que trabalha em creche. O senhor pode conhecer muito de Educação, da Infantil inclusive, porém a prática nos é que a temos! Deveria levar isso em consideração!
  • Temos pontos discordantes. São eles:
1. A luta pelos AACs começou somente agora? Depois da denúncia ao MP da educação? Pois já estou desde o início vivenciando as demandas entre PCRJ e AACs e nunca vi, ouvi ou presenciei nenhuma postura sua em relação a esta luta a não ser agora. Se estiver errada, sinalize, por favor!
2. O senhor fala: Agora, se aplicarmos esta analogia para o caso das creches, é muito pior: não estamos lidando com máquinas, e sim com crianças de 0 a 4 anos. Sei que estou lidando com crianças...é o meu trabalho! Crianças com até 3 anos e não 4 anos. Não são máquinas, são pessoas, ou melhor, são cidadãos que necessitam que falem por eles. Que façam valer sua cidadania, desde a sua infância.
3. Qual a diferenciação que os AACs estão tendo neste concurso para PEI? Os títulos? Serão aceitos títulos de creches particulares e públicas. Haverá igualdade de pontos para quem trabalhar em creche. Talvez esteja considerando apenas a diferenciação entre PII e AAC.
4. Conhece algum AAC que esteja na PCRJ sem ter prestado concurso público? Eu não! Conheço vários contratados ocupando vagas de AAC. Então: Segundo as leis de nosso país, preenchimento de cargo público somente se dá por concurso público, e ponto final. Somos concursados, não somos?
5. Fiz a pergunta, mas o senhor não respondeu. Volto a fazer: Em que se baseia a afirmação feita pelo senhor que nosso cargo não está em extinção? Eu conheço esta: Política Nacional de Educação Infantil/2006 sobre essas nomenclaturas ultrapassadas: "Extinguir progressivamente os cargos de monitor, atendente, auxiliar, entre outros, mesmo que ocupados por profissionais concursados em outras secretarias ou na secretaria de Educação e que exercem funções docentes." Sua dúvida é em relação a exercemos funções docentes? A Pedagoga contratada pela Promotora Drª Bianca afirma que somos nós, os AACs, que desempenhamos a função de professores nas creches públicas do Rio de Janeiro, então não deve restar dúvidas quanto a isto, certo?
6. O senhor foi extremamente rude ao dizer: Não há erro no texto, até porque eu participei da elaboração do edital, portanto conheço-o melhor que você. Não participei da elaboração, mas li os dois editais. Foi inclusive republicado com o novo prazo de validade. O senhor garante a validade de um ano...o edital diz 6 meses, podendo ser prorrogado por igual período a critério da Superior Administração – Edital SMA 91-Concurso Prof Educação Infantil- REPUBLICAÇÃO Mas note que este é como um concurso provisório, que vai ter validade de apenas um ano e o banco expirará depois deste prazo.
7. Por que esta forma preconceituosa de se pronunciar? Somente Profissionais de Educação Poderão Participar: Nada de permitir engenheiros, advogados etc. O concurso precisa ser feito apenas por ensino médio na modalidade Normal ou Superior em Pedagogia. Ponto. Professores não podem ser engenheiros ou vice-versa? Na creche precisa-se de uma equipe multiprofissional! O senhor acredita que encontrará apenas professores para ocupar estas vagas?
8. Vereador: NÃO SOMOS CUIDADORES!!! SOMOS PROFESSORES!!! LEIGOS OU NÃO, P R O F E S S O R E S !!!
9. OS AACs precisam continuar existindo para manter o horário integral das creches. Claro, com este salário, qualificação, formação, carga horária exaustiva, por que mudar? Podemos continuar a fazer dupla função, não é verdade? Desde que só queiramos receber um salário mínimo. O piso de nível fundamental na PCRJ! Continuando a ser APOIO!
10. Então por que criar o cargo, e não aproveitar os AACs para fim pedagógico nas salas de aula, que já fazem normalmente? ACEITAMOS O EDITAL COMO VERDADEIRO...MAS NÃO É! FOMOS ENGANADOS, AGORA QUEREMOS JUSTIÇA! Quer dizer que para ser Auxiliar de PEI não precisa além do ensino fundamental? Por que estamos fazendo o ProInfantil? Por que apenas nós do quadro de APOIO fazemos o ProInfantil?
11. É uma herança ruim que ficou e precisa ser corrigida. A quem ou a que o senhor está se referindo com esta fala?
12. A PCRJ terá professores de fato e não de direito formados pelo ProInfantil para atuarem e receberem como APOIO. Isso é Educação Infantil de excelência!!!!!
13. Eu só tenho o Normal, vou concorrer com um médico pós graduado ou mestre em psicologia? R: Não. O concurso só aceita profissionais de educação, portanto os que têm médio Normal e quem tem formação superior em pedagogia. Nenhuma outra formação. Pode ser para contagem de títulos...o concurso é aberto a todos os profissionais que tiverem o normal como formação básica.
14. O que vem ser um concurso provisório? Mas note que este é como um concurso provisório, que vai ter validade de apenas um ano e o banco expirará depois deste prazo. A validade é de 6 meses, podendo ser prorrogada ou expirada!
Obrigada por sua atenção,
Eliane Cunha