domingo, outubro 10, 2010

Blog do Luiz Araújo

Um amigo fez o convite para conhecer este blog. Acessei e comecei a ler...lendo encontrei a matéria:

Seminário Infância e Juventude.


Participei no dia de hoje de um evento promovido pelo Ministério Público de Minas Gerais. Foi um esforço para discutir o direito a educação, o papel dos promotores, dos educadores e do poder público.

Participei tentando ajudar a responder a seguinte pergunta: o que é e como alcançar uma educação de qualidade?

Foi uma reflexão muito interessante sobre os desafios que o Brasil precisa enfrentar para incluir milhões de crianças que ainda estão fora da escola, garantir acesso a outra quantidade imensa de jovens também excluídos da escolaridade.

Chamou-se a atenção o uso feito pela Promotora de Justiça do RJ, Bianca Moraes, de um trecho do livro Pedagogia dos Sonhos Possíveis, do grande Paulo Freire. Este foi o trecho:

“Temos de nos esforçar para criar um contexto em que as pessoas possam questionar as percepções fatalistas das circunstâncias nas quais se encontram, de modo que todos possamos cumprir nosso papel como participantes ativos da história.”

Em tempos de apatia eleitoral e conformação naquilo que parece ser o possível, o qual está muito aquém das necessidades do nosso povo, a reflexão rebelde do educador Paulo Freire chega na hora certa.
http://rluizaraujo.blogspot.com/

Será promotora que não é isso que os Agentes Auxiliares de Creche do Rio de Janeiro vêm fazendo? Não temos sonhado um sonho possível? O sonho do nosso reconhecimento como professores de Educação Infantil pela PCRJ?
Desde 2008, logo que chegamos às creches públicas do RJ, tivemos a certeza que não seríamos auxiliares dos professores de Educação Infantil, pois estes profissionais jamais existiram no espaço creche.
Começamos nossa luta! Recorremos às literaturas e leis específicas sobre Educação Infantil. A cada dia passado conhecemos mais a importância de nossas atribuições neste contexto.
Hoje precisamos que o trecho citado pela promotora venha acontecer na vida profissional dos Agentes Auxiliares de Creches. Todos precisam ser "participantes ativos da história".

2 comentários:

Marisete Schmidt disse...

Gurias
Li todo o blog de boca aberta! Não imaginava (que inicência a minha!)que o Rio ainda estivesse nessa fase frente a educação infantil. Como melhorar a qualidade sem o reconhecimento pleno de seus profissionais?
Aqui no Sul os concursos são para professores de educação infantil (algumas cidades exigem como critério a graduação e não apenas o magistério como há alguns anos atrás)e isso já faz mais de uma década, ainda há alguns auxiliares de educação infantil na rede e o salário e os direitos são diferente dos professores apesar de fazerem as mesmas coisas... Ainda aqui há um medo velado... Me emocionei ao ver as fotos com toda a jornada de luta que vocês vem trilhando!
Fica aqui meus parabéns e minha admiração!
Também vou adicionar essa página nos meus favoritos e divulgar na minha escola como fonte de inspiração!!!!
Abraços
Marisete Schmidt

Beth disse...

Sou Pedagoga e já estive na mesma situação de vocês em uma creche conveniada da Prefeitura do Rio de Janeiro. Me formei com muito sacrifício, (por exigência da lei), resolvi que não podia mais continuar na situação que estava. Pois já estava formada, mas sem melhorias nenhuma, continuava tudo do mesmo jeito. Entrei em acordo com a creche e sai. Hoje moro em outro município, faço concursos para conseguir o meu espaço profissional. Estamos na luta, só assim seremos reconhecidos!
Adorei o blog, podem contar comigo, deixo aqui o link do meu, espero suas visitas. Parabéns pela atitude!
http://elizabethpereirasouza.blogspot.com/