Podemos considerar este fato como absurdo, principalmente quando crianças estão envolvidas?
Fechada para obras
Escola municipal do Jacaré tem uma sala para cada duas turmas
As aulas no Ciep Chanceler Willy Brandt, no bairro do Jacaré, não foram mais as mesmas desde a semana passada. Com o início das obras no primeiro andar do Ciep, para a instalação de um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) — creche e pré-escola —, as salas foram divididas ao meio com divisórias, para acomodar duas turmas.
Além da redução do espaço, a escola ainda abriga, há cerca de dois anos, a Creche Tia Andreza, cujo prédio na Favela do Jacarezinho também passa por reparos. O Ciep atende mais de 350 alunos da educação infantil e do 1° ao 5° anos, em horário integral. Já a creche tem cerca de cem alunos, segundo o Censo Escolar.
Os estudantes das duas unidades ocupam o segundo andar da escola. Uma professora, que preferiu não se identificar, conta que a permanência de duas turmas na mesma sala tem afetado a aprendizagem dos alunos.
— Todos os alunos estão apertadinhos, e ficou um barulho ensurdecedor, que vem da turma ao lado e do corredor. As crianças fizeram a prova do 3º bimestre umas ao lado das outras. Estão jogando fora meio período de trabalho — afirmou a professora.
Incômodo para os alunos
O transtorno não ficou restrito apenas ao Ciep. As crianças da creche fazem as refeições no corredor, para evitar longos deslocamentos.
— As crianças não dormem, por causa do barulho. A poeira e o cheiro de tinta incomodam. Podiam fazer essa obra em outro período — afirma Thaiane Marcelle Machado, mãe de uma aluna da creche.
O estudante do 3° ano Gabriel de Holanda, de 9 anos, conta que a divisão da sala de aula causou tanto incômodo, que a professora pediu à direção que a turma ficasse na única sala que não é compartilhada.
— O barulho da outra turma incomodava, eu não conseguia prestar a atenção na aula. A tia chegou a reclamar com a minha mãe. Agora, na sala normal (sem divisória), está melhor — disse.
A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Edna Félix afirma que vai denunciar a situação da escola ao Ministério Público.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que a medida foi necessária para a conclusão da obra dentro do prazo.
“Em função dessas obras, foi necessário otimizar os espaços do Ciep para atender todos os alunos, usando divisórias nas salas vagas de outro andar, o que propiciará o término da obra dentro do prazo”.
Fonte:Jornal Extra 08/10/10
Fechada para obras
Escola municipal do Jacaré tem uma sala para cada duas turmas
As aulas no Ciep Chanceler Willy Brandt, no bairro do Jacaré, não foram mais as mesmas desde a semana passada. Com o início das obras no primeiro andar do Ciep, para a instalação de um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) — creche e pré-escola —, as salas foram divididas ao meio com divisórias, para acomodar duas turmas.
Além da redução do espaço, a escola ainda abriga, há cerca de dois anos, a Creche Tia Andreza, cujo prédio na Favela do Jacarezinho também passa por reparos. O Ciep atende mais de 350 alunos da educação infantil e do 1° ao 5° anos, em horário integral. Já a creche tem cerca de cem alunos, segundo o Censo Escolar.
Os estudantes das duas unidades ocupam o segundo andar da escola. Uma professora, que preferiu não se identificar, conta que a permanência de duas turmas na mesma sala tem afetado a aprendizagem dos alunos.
— Todos os alunos estão apertadinhos, e ficou um barulho ensurdecedor, que vem da turma ao lado e do corredor. As crianças fizeram a prova do 3º bimestre umas ao lado das outras. Estão jogando fora meio período de trabalho — afirmou a professora.
Incômodo para os alunos
O transtorno não ficou restrito apenas ao Ciep. As crianças da creche fazem as refeições no corredor, para evitar longos deslocamentos.
— As crianças não dormem, por causa do barulho. A poeira e o cheiro de tinta incomodam. Podiam fazer essa obra em outro período — afirma Thaiane Marcelle Machado, mãe de uma aluna da creche.
O estudante do 3° ano Gabriel de Holanda, de 9 anos, conta que a divisão da sala de aula causou tanto incômodo, que a professora pediu à direção que a turma ficasse na única sala que não é compartilhada.
— O barulho da outra turma incomodava, eu não conseguia prestar a atenção na aula. A tia chegou a reclamar com a minha mãe. Agora, na sala normal (sem divisória), está melhor — disse.
A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Edna Félix afirma que vai denunciar a situação da escola ao Ministério Público.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que a medida foi necessária para a conclusão da obra dentro do prazo.
“Em função dessas obras, foi necessário otimizar os espaços do Ciep para atender todos os alunos, usando divisórias nas salas vagas de outro andar, o que propiciará o término da obra dentro do prazo”.
Fonte:Jornal Extra 08/10/10
Um comentário:
Isso é caso de polícia!
É terminantemente proibido qualquer tipo de obra com crianças, mesmo que estejam em outras salas.
Alô 190!
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