EDUCADORES CRIATIVOS

Brinquedos e enfeites de bem com o ambiente
Texto: Carolina Bessa
Foto: Alberto Jacob Filho

Reciclar e reutilizar, agora são palavras de ordem na Creche Municipal Vila União da Paz, em Bangu. O reaproveitamento de materiais contagiou a unidade, e, hoje, auxiliares de creche confeccionam, com os alunos, brinquedos e enfeites para as festas do ano letivo. A intenção de aliar conscientização ambiental e criatividade está consolidada na rotina da escola, que criou o projeto As flores de plástico não morrem.

A ideia de reaproveitar garrafas PET surgiu no início do ano. O agente de creche Patrick Jordy participou de um curso de confecção de enfeites para a Copa do Mundo no Galpão de Artes Urbanas Hélio Pelegrino, da Comlurb. Após a experiência, Patrick dividiu o conhecimento com outros profissionais de sua unidade, e, a partir daí, todos começaram a produzir mandalas e bonecos feitos de tampa de garrafa, além de vários outros enfeites, tudo para esperar o campeonato mundial.

Estava dado o primeiro passo para a Creche Municipal Vila União da Paz desenvolver o projeto de um arraial consciente na festa julina organizada pela 8ª CRE. Segundo Cláudia Regina da Silva de Deus, diretora da creche, o trabalho foi aliado à proposta pedagógica da CRE, buscando um viés mais ambientalista e procurando formar, desde cedo, cidadãos mais conscientes. A meta permanente é criar objetos decorativos com material reaproveitável, reduzir ao máximo o consumo de papel na decoração da unidade e das festas realizadas e ampliar a participação da comunidade nas comemorações, oficinas e visitas à creche.

As flores de plástico não morrem. O projeto, batizado com o nome de uma das músicas da bandade rock Titãs, teve início com a criação de uma oficina de flores artesanais para as crianças do maternal II. Usando gargalos de garrafa PET, cola colorida e chita, foram preparados enfeites que se transformaram em convites originais para a festa julina da escola e para a ornamentação das salas. Dessa primeira experiência, surgiram os brinquedos das barracas e materiais para as brincadeiras típicas, como os peixes da pescaria, os jogos de argola e a bola no PET. A criatividade continua em alta na unidade.

Atualmente, outros materiais além das garrafas estão sendo aproveitados. De acordo com Cláudia Regina, crianças e adultos fizeram vários trabalhos, entre eles, jardineiras, sementeiras, mamadeiras de jujubas e cavalinhos em madeira, distribuídos como lembranças especiais no Dia das Crianças.

“A comunidade está envolvida no projeto.Todos recolhem garrafas PET e deixam na nossa porta. Outros materiais também são trazidos, em vez de serem jogados no lixo. As crianças já entendem que alguns objetos não precisam ser descartados; podem e devem ser reutilizados”, comemora
a diretora.