quarta-feira, agosto 03, 2011

Dia dos Pais

Recomeça o período escolar e, com ele, vem também a data do Dia dos Pais no segundo domingo de agosto. Poderíamos aqui, iniciar sim, um processo de responsabilizar os seres humanos masculinos pelo seu papel na educação dos filhos.
Por que digo isso...
Convivemos em escola há 24 anos. Convivemos com crianças e suas problemáticas, mas estamos num período que, diria, desesperador com relação ao papel masculino que o pai exerce perante o filho.
Estamos com uma geração em que o casamento dura aproximadamente 4, 6 anos. Temos nas escolas uma gama grande, percentualmente falando, de pais separados. Infelizmente, o pai se separa da esposa e também do filho, gerando um percentual enorme de filhos órfãos de pais, ocasionando neles grandes defasagens na questão disciplinar e de visão de mundo. Tudo isso porque é inegável a importância de um homem na vida de uma criança.
Cabe à escola, num passe de mágica, descobrir o que está acontecendo com a criança, pois na maioria das vezes a separação é omitida pela mãe, para não gerar conflitos e nem questionamentos na escola. Mas ainda assim cabe à escola pedir, conversar, e dizer às mães que arrumem um avô, um tio, um padrinho, um padrasto, que possa galgar este perfil masculino.
Pensar que a mãe consegue sozinha, dar tudo a uma criança é, sim, falta de ver o quão é vital e importante o masculino na geração de uma personalidade.
A criança precisa conviver com a razão e a emoção e a mãe não o faz com total amplitude. Ela precisa conviver com ambos os sexos para definir de forma clara a sua sexualidade.
Ela precisa de ambos os sexos em sua infância para ouvir dois posicionamentos quanto visão de mundo, quanto sonhos,desafios.
Aproveito a data do Dia dos Pais e peço, de verdade, que os homens que foram pais e deixaram de ser por conta de uma separação, revejam os seus conceitos e voltem a fazer o papel de pais.
Hoje com a lei que permite isso, inclusive dentro da escola, não existe mais a desculpa de dizer que a exesposa não permite, ou a atual esposa não aceita esta convivência.
Tudo mudou com a nova lei. Ela permite que o pai esteja perto do filho, acompanhando todo o seu processo de crescimento, tanto emocional quanto pedagógico.
Pensemos que filho é contrato nunca mais rescindido, é para a vida toda, independente se houve uma separação. O que colheremos após educar esta criança será o fruto de uma velhice com ou sem qualidade, pois um filho bem educado certamente terá como contribuir para com seus pais e para com o mundo.
Pai, perceba sempre: o seu exemplo será a referência de vida de seu filho.
Esther Cristina Pereira
Psicopedagoga, Diretora da Escola Atuação

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